Em resposta às acusações, Melhem alega que ninguém sofreu violência psicológica maior do que ele e suas filhas. Ele afirma que teve sua carreira interrompida, sofreu ameaças de morte e precisou deixar o país por um tempo. Além disso, ele afirma que suas filhas sofreram bullying e danos psicológicos que estão em tratamento até hoje.
O ator afirma que foram as atrizes que levaram as denúncias a público, enquanto ele tomou a iniciativa de buscar a Justiça. Segundo Melhem, estão tentando calá-lo no momento em que a opinião pública toma conhecimento de seus argumentos.
A investigação foi aberta pelo Ministério Público de São Paulo no dia 22 de agosto. Dani Calabresa, uma das denunciantes, junto com outras três atrizes, prestaram depoimento ao MP. Melhem deverá ser ouvido no dia 15 de setembro. Vídeos publicados por Melhem em seu canal no YouTube foram anexados à representação e serão armazenados, segundo a decisão do promotor.
O promotor relata que as atrizes se dizem vítimas de uma campanha difamatória, que resultou em um ataque massivo de “haters” e transtornos psicológicos que tiveram impacto em suas carreiras. Segundo ele, a violência psicológica constitui uma forma de ‘slow violence’ que causa sofrimento, dano emocional e patologias psíquicas nas vítimas.
A advogada que representa as atrizes não pode se manifestar sobre o caso que tramita sob sigilo. Melhem já havia sido denunciado por assédio sexual contra três mulheres no dia 2 de agosto. Os casos de outras oito mulheres, incluindo o de Dani Calabresa, foram arquivados pelo Ministério Público devido à prescrição do suposto assédio.
A denúncia recebida pela Justiça afirma que o diretor realizava abordagens sexuais durante conversas sobre roteiro, elenco e personagens das vítimas.
Fica claro que o caso envolvendo Marcius Melhem é complexo e frágil, com diferentes versões e acusações. A investigação em curso irá contribuir para a apuração dos fatos e para que a justiça seja feita, garantindo o devido processo legal a todas as partes envolvidas.
